O cálculo considerou a produção dos estádios, das Fan Fests e também dos turistas fora desses locais, além de volume de visitantes esperados e atrações turísticas de cada cidade. As 12 juntas produzem por dia 43.443,60 toneladas. O lixo da Copa acrescentará 14.517,23 toneladas nesse volume.
Cuiabá e Natal são as cidades que mais devem ser impactadas, uma vez que a geração diária delas é pequena, e a produção proveniente da Copa vai ser, por dia, maior do que a própria cidade produz. Na capital mato-grossense, o volume deve triplicar. A cidade produz por dia cerca de 500 toneladas. O lixo da Copa sozinho será mais de duas vezes isso: 1.151,96 toneladas/dia. Em Natal a geração dobra: a regular é 777 e a da Copa será de 915,23.
As estimativas apontam ainda um aumento médio de 70% em Porto Alegre e Brasília e de 50% para Curitiba e Manaus.
"Proporcionalmente o impacto acaba diluindo nas maiores cidades, mas ele é considerável e demanda uma ação efetiva nas cidades com sistema limitado de gestão de resíduos", afirma Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe.
"Analisamos a geração das duas Copas anteriores, África do Sul e Alemanha, e houve aumento também. Mas no Brasil vemos que muitas cidades não dimensionaram nem se prepararam para o impacto da Copa sobre a geração adicional de lixo", comenta.
Ele cita como exemplo São Paulo, que, apesar de sofrer proporcionalmente o menor aumento, está vendo alguns impactos pontuais, como a quantidade de resíduos que tem sido gerada na Vila Madalena. Após o segundo jogo do Brasil, na terça-feira, e uma madrugada de comemorações, foram recolhidas 40 toneladas de lixo no bairro..