Um funcionário de uma empresa de manutenção e limpeza caiu em um buraco de cerca de 2 metros de altura, na Arena da Baixada, em Curitiba.
De acordo com a assessoria do hospital, Leal contou que caminhava com um colega pelo estacionamento reservado a autoridades e prestadores de serviço, quando, ao se aproximar de um elevador, caiu no buraco. Nenhum dos dois trabalhadores percebeu o perigo porque as luzes do estacionamento estavam apagadas.
Ainda segundo a assessoria do hospital, Leal deixou o buraco com a ajuda do colega. Ao relatar o ocorrido a um chefe, foi orientado a continuar trabalhando. Cerca de seis horas depois, uma colega com quem Leal se queixou de dores percebeu que o joelho do funcionário estava muito inchado e acionou os brigadistas do estádio.
O próprio Comitê Organizador da Copa do Mundo confirma que o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) foi acionado e que, como a ambulância que atendeu ao chamado não estava credenciada para entrar no estádio, que pertence ao Atlético Paranaense, o trabalhador acidentado teve que ser levado até o lado de fora da arena, onde aguardou “por alguns minutos”.
Leal foi submetido a um raio X do joelho e, por precaução, a uma tomografia da coluna vertebral. Segundo a assessoria do hospital, o trabalhador passa bem e teve alta às 15h35, mas terá que permanecer cinco dias de repouso. Com o resultado da tomografia em mãos, os médicos descartaram a possibilidade de Leal ter sofrido alguma fratura ou trauma mais sério.
Ainda hoje, a Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT), vai instaurar procedimento administrativo para averiguar o que aconteceu. A medida, no entanto, é uma praxe adotada sempre que a procuradoria é informada ou toma conhecimento de um acidente de trabalho. Auditores fiscais do Ministério do Trabalho estiveram no estádio verificando as condições de segurança do local, mas, até as 16h, ainda não tinham confirmado a existência de um buraco.
Procurada, a assessoria do Atlético Paranaense informou que não poderia comentar o episódio, pois o local está sob a responsabilidade da Fifa durante toda a Copa do Mundo. Após ouvir a assessoria do hospital, a Agência Brasil voltou a entrar em contato com o Comitê Organizador da Copa para confirmar as informações, mas ainda não obteve respostas..