A Polícia Militar, as remoções e as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foram os principais alvos dos participantes do ato. Policiais formavam barreiras nas laterais dos manifestantes e turistas usavam Iphones e Ipads para fotografá-los.
Dezenas de moradores de favelas seguravam placas e cartazes com nomes de jovens mortos nos últimos anos. Esses cartazes tinham uma fotografia na frente e, atrás, o nome da vítima, a data e o local da morte. Crianças carregavam caixão de papelão para simbolizar as mortes e contornos de corpos foram riscados com giz branco no asfalto da Avenida Atlântica.
"Não somos contra a Copa. Nós somos contra o extermínio de nossos filhos na favela. Não existe pacificação armada. Nossos direitos foram violados.
"Sem hipocrisia, essa polícia mata pobre todo dia", "A verdade é dura, a UPP também é ditadura" e "Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar" foram algumas das frases mais gritadas durante o percurso.
O grupo saiu do Chapéu Mangueira às 13h30 e chegou ao Pavão-Pavãozinho três horas depois, pouco antes do jogo do Brasil. Manifestantes anti-Copa, que programavam passeata para a tarde desta segunda-feira, com concentração na estação de metrô Cardeal Arcoverde, se juntaram ao ato, que foi pacífico.
O grupo se dispersou com o início do jogo, após manifestação na Ladeira Saint Roman, um dos acessos ao Pavão-Pavãozinho, favela que tem uma UPP. Perto dali, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, um manifestante foi detido por PMs e levado em um camburão sob acusação de "resistência e desacato".
Segundo a PM, a manifestação reuniu cerca de 200 pessoas. Manifestantes falavam em 400..