O delegado Egídio Cobo, titular do 13º DP, afirmou que os dois mantiveram, nesta terça, as versões já dadas anteriormente à polícia: o publicitário isenta a mulher do crime, diz que a morte foi um acidente, mas admite que esquartejou e queimou a vítima; já a advogada se diz inocente. "Ele admite o crime desde o começo e isso é público e notório. Ela nega completamente", afirma o delegado.
Cobo aguarda agora a entrega dos laudos periciais, prevista para os próximos 30 dias, para concluir a investigação. As imagens do condomínio mostram Ieda ajudando a levar a mala que continha o corpo do zelador no veículo Logan. Segundo a defesa, ela já separava roupas e calçados há algum tempo para doar, e pensou que se tratasse dos objetos.
A polícia acredita que a advogada tenha participado do crime. "A gente está tentando investigar e ver até que ponto ela (Ieda) tem participação (no crime). Tem imagens dela colocando a mala no carro, tem arma que foi encontrada na casa do casal. Acredito que ela tenha se envolvido no mínimo na ocultação do cadáver", diz o delegado.
O publicitário teve a prisão temporária prorrogada por mais um mês pela Justiça paulista. Já a advogada está presa temporariamente por determinação da Justiça do Rio, sob suspeita de ter participado da morte do ex-marido, o empresário José Jair Farias, na capital fluminense em dezembro de 2005.