O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), negou que haja algum estudo para que a cidade passe a ter um rodízio integral, a exemplo do que ocorre nesta quinta-feira, 26, e ocorreu no último dia 23, quando, por conta dos jogos da Copa do Mundo na capital paulista, o rodízio municipal foi estendido das 7h às 20h e não em períodos alternados de manhã e à tarde. "Não tenho essa pretensão. Tomamos essa medida depois que a Câmara recusou a possibilidade de feriado", disse. "Nosso foco hoje é Copa", completou.
Questionado se os efeitos no trânsito da cidades nesses dias poderia servir como um "teste", Haddad afirmou que não recebeu nenhuma notificação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sobre o assunto. "Claro que há estudiosos na CET, mas ainda não temos nenhuma sinalização e acho até que seria prematuro ter", afirmou.
Mais cedo, o secretário municipal dos Transporte, Jilmar Tatto, afirmou à Rádio Estadão que a CET estuda ampliar o rodízio para todo o dia, como tem ocorrido nas ocasiões em que há jogos da Copa do Mundo de futebol na cidade, quando a restrição vigora das 7h às 20h, e não só nos horários de pico. Além disso, segundo o secretário, a Prefeitura poderia aumentar para quatro o número de placas restritas a cada dia da proibição.
De acordo com Tatto, há várias alternativas sendo estudadas. "Uma, por exemplo, é aquela de estender o rodízio além do centro expandido, nas vias principais, o que já foi debatido na cidade. A outra é essa de estender o rodízio o dia todo. A outra é estender, não só duas placas por dia, no centro expandido, mas mais duas, quatro placas por dia." Ele, no entanto, esclareceu que não haveria prazo para que alguma dessas medidas saísse das pranchetas de estudos da CET.
Príncipe
Além do rodízio, Haddad comentou ainda sobre a visita que o príncipe Harry, da Grã-Bretanha, fez nesta quinta à região da Cracolândia para conhecer o programa municipal De Braços Abertos, que cuida de viciados em crack. "Ficamos bem impressionados com a postura do príncipe Harry", disse, ressaltando que em alguns momentos a assessoria da Prefeitura não recomendou a realização da visita. "Não pelo fato do que ocorre no bairro da Luz hoje, mas pela enorme curiosidade que iria despertar a visita na região", explicou.
Segundo Haddad, o príncipe estava "genuinamente interessado" em entender o programa, como ele foi concebido e na questão do trabalho que o programa oferece. Além disso, conversou com usuários e participantes do programa. "Nunca vi uma pessoa tão afável e educada", disse. "Ele não queria ir embora, queria explorar o programa com a ênfase na questão de superação pessoal", disse.
O prefeito afirmou que com exceção da segurança pessoal do príncipe não foi feita nenhuma adequação na região para a visita. "Se você for lá amanhã vai verificar que a rotina é essa", disse.