A audiência pública para rediscutir o projeto Novo Recife deve acontecer em 15 dias. Já nesta terça-feira (01), será publicada no Diario Oficial do Recife a convocação para o encontro onde serão apresentadas as diretrizes da Prefeitura do Recife para mudar o planejamento das obras no Cais José Estelita. Até lá, reuniões fechadas com membros do Movimento Ocupe Estelita e com o consórcio deverão auxiliar a gestão municipal na elaboração das propostas de alteração no projeto. Por enquanto, a ocupação dos ativistas no pátio da sede da PCR, no Cais do Apolo, permanece sem previsão de término.
Na manhã desta segunda-feira (30), os integrantes do Movimento ocuparam o pátio da Prefeitura do Recife solicitando participação em reunião, que aconteceu nesta tarde, com a participação das entidades envolvidas no processo de rediscussão do projeto. Apenas a Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade Católica de Pernambuco, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Observatório do Recife foram convidados. De acordo com a gestão municipal, o encontro foi para acalmar os ânimos e reforçar o que já foi acordado. "Se chamássemos o consórcio e os ativistas, seria uma conversa de surdos. Vamos continuar com o nosso cronograma", explicou o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre.
Sobre a desocupação do pátio, o gestor adiantou que a Justiça só será acionada quando esgotarem as possibilidades de negociação com os integrantes do Movimento Ocupe Estelita. "Esperamos o consenso entre os manifestantes. Eles queriam participar da reunião e nós falamos que seria permitido desde que desobstruíssem a área. Eles não aceitaram", explicou Antônio Alexandre. Três secretários municipais foram designados para articular as negociações. O secretário-Executivo de Segurança Urbana, Eduardo Machado, o secretário de Juventude e Qualificação Profissional, Jayme Asfora, e o secretário adjunto de Governo e Participação Social, Gabriel Leitão, são os porta-vozes da gestão municipal no processo.
Os ativistas, no entanto, já disseram que não pensam em desocupar a área. Barracas já foram armadas no pátio do prédio e eles pretendem instalar uma estrutura para facilitar a alimentação dos integrantes durante a ocupação. A Guarda Municipal do Recife está no local, mas o ato segue pacífico.