A enchente deste inverno é uma das maiores da história do Estado e foi causada pela mesma umidade que se deslocou da Amazônia para o sudeste do continente e provocou chuvas torrenciais em todo o Paraguai, no nordeste da Argentina, no oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul durante a semana passada. Tomando-se como fonte informativos de órgãos públicos e noticiário da imprensa de cada país afetado, o número de desabrigados chegou a um total de 320 mil no pico, no final de semana, com 231 mil no Paraguai, 75 mil no Brasil e 14 mil na Argentina.
Mesmo que a chuva tenha parado ainda no domingo, o total de desabrigados continuou subindo até a manhã desta quinta-feira no Rio Grande do Sul, quando chegou a 21.928, segundo boletim da Defesa Civil. Depois, durante o dia, recuou para 15.092.
Um dos primeiros municípios atingidos na região, São Borja, passou a conviver com a expectativa de se livrar do problema. O Uruguai parou de subir e o número de desabrigados se manteve nos mesmos 2.900 de quarta-feira. Em Itaqui, a situação também não se alterou, com 9.780 desabrigados e rio tendendo a estabilizar para depois baixar. Já em Uruguaiana, mais ao sul, o rio continuou subindo e o número de desabrigados também, de 700 na quarta-feira para 1.041 nesta quinta-feira. Desde o início da enchente, dois municípios - Iraí e Barra do Guarita - decretaram estado de calamidade pública e outros 42 decretaram situação de emergência. O Rio Grande do Sul tem 497 municípios.
Nos próximos dias a temperatura estará em elevação, podendo chegar 28 graus neste sábado, e a chuva volta ao Rio Grande do Sul. O 8º Distrito de Meteorologia emitiu aviso especial informando que as condições meteorológicas serão favoráveis à ocorrência de chuva, moderada a forte, trovoadas, queda de granizo e rajadas de vento com velocidade de até 90 quilômetros por hora em áreas isoladas do Estado nesta sexta-feira, 4. O tempo passa a nublado com pancadas de chuva e trovoadas no sábado, 5, e domingo, 6..