Nos primeiros quatro jogos da Copa na cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) disponibilizou ônibus gratuitos que levaram os torcedores da Rodoviária do Plano Piloto até o estádio. Para garantir a continuidade do serviço, a Secretaria de Transporte do DF recorreu às empresas do entorno de Goiás para fazer o trajeto. Quinze ônibus da Grande Brasília estão na rodoviária à disposição dos torcedores que forem para o jogo.
De acordo com o Diretor Operacional da Secretaria, Lúcio Lima, a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) opera com 20 ônibus elétricos do Aeroporto Juscelino Kubitschek até a rodoviária. Os veículos começaram a rodar, ainda em fase de testes, na última quinta-feira, 03. Segundo a Inframerica, consórcio que administra o aeroporto, 45 mil pessoas devem passar pelo local hoje.
Lima, no entanto, tratou de minimizar os transtornos causados pela greve. "Reforçamos os bolsões de transporte coletivo no Parque da Cidade e também na Rodoferroviária, locais próximos ao Mané Garrincha. Apenas 10% dos torcedores que foram ao estádio utilizaram o serviço de ônibus da rodoviária até o estádio nos primeiros jogos", declarou. Segundo ele, a maioria dos torcedores optou em ir a pé para o jogo. Da rodoviária até o estádio é preciso caminhar por quase dois quilômetros.
Com a expectativa da Polícia Federal que até cem mil argentinos estejam na cidade no fim de semana, o governo disponibilizou um espaço no estacionamento da Granja do Torto para quem veio em veículos particulares e vai utilizar o transporte como hospedagem, especialmente motor homes. Uma linha especial de ônibus também foi colocada à disposição dos turistas, como explica o diretor da Secretaria de Transporte.
"Colocamos cinco ônibus no local para levar os argentinos até a Fan Fest, em Taguatinga. No entanto, apenas dois veículos saíram de lá, às 10h, com 20 passageiros em cada carro. O movimento está abaixo do que esperávamos", comemorou. Com a greve, quem aproveitou para ganhar dinheiro foram taxistas e motoristas piratas. Na rodoviária, os táxis serviram como lotação e cobraram preços fixos dos passageiros que dependem do transporte coletivo.
Os rodoviários ainda negociam com os empresários para tentar solucionar o impasse. Por telefone, um dos funcionários da Piracicabana afirmou que o serviço só voltará a ser normalizado quando houver a garantia de que o reajuste será pago integralmente. O aumento beneficiará cerca de 10 mil rodoviários em todo o DF.