A quantidade de ônibus queimados nesta Terça-feira, 8, em São Paulo, após a derrota histórica da seleção brasileira para a Alemanha, subiu para 26 veículos, segundo a Polícia Militar. Mais três veículos foram queimados: uma na capital e dois na Região Metropolitana. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), um ataque na Vila Medeiros, zona norte, foi retirado da contabilidade de veículos queimados porque não houve perda total.
"Em hipótese alguma esperávamos que parte dos torcedores do Brasil tivesse uma atitude de atos de vandalismo como este. Eu acho que isso não leva a nada. Quem perde é a própria população que deixa de ter o transporte coletivo. Temos é que criticar por meio do diálogo, da fala, criticando a nossa seleção e o técnico e construir uma nova equipe que vá realmente brigar em defesa do nosso país", afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira.
O maior ataque aconteceu no Guarapiranga, na zona sul de São Paulo. Segundo o coronel Meira, logo após a partida um coquetel molotov foi jogado sobre o muro de uma garagem de ônibus da viação VIP. Os veículos estacionados não estavam mais sendo usados para o transporte de passageiros. Ao todo, 20 coletivos foram queimados. De acordo com a polícia, na hora do ataque apenas o vigia do pátio estava no local.
O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício Blazeck, afirmou que os casos foram isolados. "A princípio trata-se de um ato de vandalismo, pode haver ou não conexão com a derrota da seleção brasileira", afirmou o policial. Blazeck também avalia como positiva a segurança durante a Copa do Mundo e que as estatísticas de crimes relacionados com o torneio e os turistas serão divulgados após a final.