A operação de segurança montada pelo governo federal para a Copa do Mundo prosseguirá por mais cinco dias após o término da competição, informou nesta quinta-feira (10) a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), do Ministério da Justiça. O titular da Sesge, Andrei Rodrigues, participará logo mais, no Rio, de encontro que definirá o plano de segurança para a final do Mundial, no Maracanã, no domingo (13). O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também é aguardado.
A secretaria salientou que a sensação de segurança dos moradores e turistas durante a Copa foi um dos itens mais bem avaliados em pesquisas de opinião, em decorrência da redução nos índices de criminalidade nessas localidades. A atuação das forças conjuntas de segurança foi elogiada também pela imprensa estrangeira.
A operação de segurança para a Copa envolve a participação de 100 mil profissionais da segurança pública, além de 60 mil da área de defesa e mais 20 mil da segurança privada. Para a operação, foi implantado pela Sesge o Sistema Integrado de Comando e Controle, que envolve 12 Centros Integrados de Comando e Controle nos estados, além do Centro Nacional e o Centro de Cooperação Policial Internacional – CCPI, localizados em Brasília.
Como exemplo dos resultados positivos alcançados, a Sesge ressaltou a atuação policial durante as manifestações populares registradas no país. O órgão citou 209 manifestações ocorridas desde o início da Copa, com a participação de 48.123 pessoas. Apenas em 18 protestos houve atos de vandalismo e violência, informou a secretaria. Para Andrei Rodrigues, os números comprovam a mudança de estratégia das forças de segurança, após a participação nos cursos de capacitação da Sesge. “O Brasil é um país livre e democrático. É um dever da segurança pública garantir o exercício desse direito, e isso o que tem acontecido. Porém atos criminosos, com violência e vandalismo serão coibidos de acordo com a lei”, disse.
A assessoria informou, ainda, que desde o início da Copa, no dia 12 de junho, 282 estrangeiros foram impedidos de entrar no país, graças à ação conjunta da Polícia Federal e dos policiais estrangeiros que participam da operação no CCPI.