Jornal Estado de Minas

Com o fim do Mundial, abre-se o debate sobre o uso do Mané Garrincha

Alternativas como agenda de shows, jogos do Brasileirão, espaço múltiplo e até privatização foram levantados

Thaís Paranhos
O Brasil de Neymar jogou duas vezes no estádio, uma delas com a Holanda de Robben: palco de estrelas - Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

A arena que leva o nome do anjo de pernas tortas viu brilhar Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi e Robben, a atual realeza do futebol. Mas, hoje, com o fim da Copa do Mundo no Brasil, a realidade bate à porta do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Em uma cidade sem grandes clubes ou torneios, é preciso pensar em maneiras múltiplas de usá-lo e justificar o alto investimento feito para erguê-lo. Até aqui, o governo promete a continuação dos eventos e de jogos do Brasileirão, sem revelar, no entanto, quantas partidas e quais serão as datas dos próximos.

Durante o Mundial, o mais caro e segundo maior estádio do país — perde apenas para o Maracanã — recebeu uma média de 68 mil torcedores. O público total nos seis primeiros jogos, sem incluir a disputa de terceiro lugar, chegou a 410.184, o segundo maior, outra vez atrás da arena do Rio de Janeiro. Desde a inauguração, em 18 de maio, o Mané Garrincha bateu recordes também no âmbito do campeonato nacional. O jogo Flamengo x Santos recebeu o maior número de pessoas e rendeu a maior renda. Resta saber se esses números continuarão altos.

O secretário extraordinário da Copa do Mundo de 2014, Cláudio Monteiro, afirmou que o uso do estádio continuará como antes da realização do Mundial.
“Futebol, Campeonato Brasileiro, shows e eventos. O público vai continuar frequentando sem precisar sair de Brasília”, comentou. Ele lembrou também que Brasília receberá jogos de futebol das Olimpíadas de 2016 e da Universíade, as Olimpíadas Universitárias, em 2019..