Para organizar melhor a coleta seletiva de São Paulo, a Prefeitura está desenvolvendo um novo tipo de saco de lixo, específico para abrigar os resíduos secos que devem ser reutilizáveis. "Estamos fazendo os testes com tipos de material, mas ainda vamos definir a cor", disse o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.
Os sacos devem ser produzidos com plástico processado pelas quatro usinas que a cidade deve ter até 2016. "Esses recipientes devem trazer as instruções de como separar os resíduos", diz o secretário - em uma proposta já aplicada em outras cidades do mundo.
Os sacos são apenas uma das utilidades do material processado nas usinas. Orçada em R$ 36 milhões, a central aberta hoje tem previsão de render R$ 1,6 milhão por mês com a venda do material reciclado. Parte do dinheiro servirá para manter a usina, cujos gastos de custeio mensal são da ordem de R$ 300 mil, segundo Simão Pedro. Outra parte servirá para incrementar a renda dos trabalhadores das cooperativas. Mas o dinheiro também será destinado a um fundo criado para estimular a coleta seletiva.
Esse fundo ainda vai receber recursos de empresas que têm de fazer a chamada "logística reversa" - cumprem a obrigação legal de reaproveitar os resíduos sólidos na cadeia produtiva. A Prefeitura já fechou convênios, homologados pelo Ministério do Meio Ambiente, com os setores de embalagens e de lâmpadas. Os recursos devem viabilizar a construção de mais usinas ou estimular usinas de compostagem domésticas, reduzindo também os detritos orgânicos.