Na confusão, os 16 detidos que estavam na carceragem da unidade policial conseguiram escapar e as armas da delegacia foram roubadas. A delegada do município, Glória Isabel Ramos, um juiz e um promotor que atuam na cidade tiveram de se refugiar em um hotel. A situação só foi controlada com a chegada de reforços da Polícia Militar de outras cidades da região e de integrantes do Batalhão de Choque. Apenas dois detentos foram recapturados.
Segundo relatos de moradores, o conflito foi iniciado durante uma perseguição policial, na noite de ontem. Um traficante em fuga teria entrado na casa da vítima e um tiro teria sido disparado por um dos policiais que participavam da operação. A bala atingiu a cabeça da menina de 1 ano, que estava no colo de um familiar, dando início à revolta.
Assustados com os atos de violência e sem entender o que estava acontecendo, moradores das áreas próximas da delegacia deixaram suas casas às pressas - ou ficaram trancados dentro dos imóveis, com as luzes apagadas, para evitar chamar a atenção.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, por meio de nota, que o secretário Maurício Barbosa, o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Moisés Damasceno, e a corregedora-chefe da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), delegada Heloísa Campos de Brito, foram à cidade para auxiliar nas apurações das ocorrências.
Ainda de acordo com o texto, a arma do policial civil que participava da operação e da qual teria sido feito o disparo que atingiu o bebê foi apreendida e passará por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Delegados da Correpol também foram deslocados para Amargosa para ouvir testemunhas e o policial envolvido. A nota informa que um inquérito e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso..