O Consulado do Uruguai no Rio negou ontem o pedido de asilo político no país feito pela advogada Eloísa Samy e outros dois ativistas, Davi Paixão e Camila Nascimento, segundo confirmou a deputada deputada Janira Rocha (PSOL). Eles chegaram pela manhã ao edifício, que fica em Botafogo, na Zona Sul, para aguardar uma resposta. Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) ficaram na porta da instituição para cumprir um mandado de prisão contra a advogada, mas deixaram o local por volta de 17h. Dois agentes chegaram a tentar entrar no prédio, mas foram impedidos pelas autoridades uruguaias. Do lado de fora, algumas pessoas protestaram em favor dos ativistas.
No início da noite, funcionários do consulado disseram que a advogada e o casal já teriam saído do local, num carro com vidros fumê. Denunciada pelo Ministério Público, Eloísa Samy é acusada de ter comandado atos violentos no Rio. Segundo o MP, ela se juntou ao grupo que organizava as depredações para dar assistência jurídica, mas acabou passando a participar ativamente das manifestações.