A parlamentar, entretanto, negou ter facilitado a fuga de Eloisa e Paixão. "Se alguém facilitou a fuga foi o Estado e sua polícia. A quem é dada a missão de prender pessoas? À polícia e ao Estado, e não a mim como deputada. Eu estive lá apoiando os ativistas e estaria de novo, independente das ameaças da Alerj ou da polícia", afirmou.
Corregedor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Comte Bittencourt (PPS) afirmou que, se ficar provado que a deputada usou um carro oficial para ajudar os ativistas a fugir, ela será investigada pela Casa.
"Não cometi nenhum crime. Crime está cometendo o Estado, que não está garantindo o direito de defesa desses ativistas", disse Janira. A deputada contou que estava no consulado para garantir que os ativistas não tivessem seus direitos violados. Por volta de 18h, segundo ela, a cônsul-geral Myriam Chalar informou que, após o governo uruguaio ter passado "o dia inteiro negociando com o ministério das Relações Exteriores do Brasil", chegou-se à conclusão de que o Uruguai reconhecia o Brasil como um estado democrático de direito e, portanto, não seria concedido o asilo.
"Ela (Eloisa) me pediu: 'A senhora me dá uma carona?' Saí pela porta da frente, onde havia inclusive uma viatura da PM.