O governo afirma que o IDH brasileiro é 0,764, superior aos 0,744 calculados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). De acordo com os ministérios, a esperança de vida ao nascer do brasileiro é 74,8 anos, ao contrário dos 73,9 apontados pelo PNUD. Os anos esperados de escolaridade são 16,3, em vez dos 15,2 do ranking oficial. Usando números dos ministérios, a média de anos de estudo da população é 7,6. No relatório, foi usado para o cálculo o valor de 7,2.
No caso da esperança de vida ao nascer, o governo afirma que o PNUD adotou dados de 2010. O Ministério da Saúde, no entanto, garantiu que já estavam disponíveis dados de 2013.
"O IDH brasileiro não reflete o que ocorreu nos últimos quatro anos, pois os dados estão desatualizados", afirmou a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A ministra afirmou que "dezenas" de países apareceram no ranking com dados atualizados, o que deixaria o Brasil numa situação desfavorável no momento do cálculo do ranking.
Para ela, o mais importante é a média geral que teria sido alcançada pelo País, de 0,764. O cálculo com a nova posição brasileira feita pela equipe do governo está sujeito a incorreções, ponderou, porque outros países podem ter sido vítimas do mesmo problema de desatualização de dados, como ocorreu com o Brasil. "A discussão não é de ranking, mas é de quanto avançamos no IDH", completou.
O ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou que o Brasil já atingiu um índice de expectativa de anos de estudos elevado, de 16,3, próximo ao dos Estados Unidos, que é de 16,5. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, por sua vez, citou a redução dos índices de mortalidade infantil.
O PNUD deverá divulgar nas próximas horas um comunicado em resposta às críticas do governo brasileiro..