A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou em nota que "não houve um aumento na proposta de uso da segunda parte do volume morto" e que a "empresa segue em processo de avaliação para definir se o volume será de 100 e 116 bilhões de litros". Segundo a concessionária, caberá aos órgãos reguladores decidirem sobre a proposta. O pedido precisa de aprovação da Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ambos do governo paulista.
A concessionária informou que "não há nenhum risco" de utilizar mais 90 bilhões de litros das represas Jaguari-Jacareí e disse que fará dragagem para a retirada de água do fundo dos reservatórios. "Na Represa Atibainha, a empresa continuará com o bombeamento existente em cotas mais baixas. No Jaguari-Jacareí, será feita uma nova ensecadeira e um novo sistema de bombeamento, mas sem dragagem", completou.
A Sabesp disse ainda que é "irresponsável e temerária a inferência de que haveria problemas para a qualidade da água" com o uso da nova cota. "A água distribuída pela Sabesp segue todos padrões de qualidade e potabilidade do Ministério da Saúde", disse. A empresa informou ainda que 76,5% dos 400 bilhões de litros do volume morto já são liberados para a região de Campinas por meio das descargas de fundo. "É justamente esse fluxo contínuo da água na reserva profunda uma das garantias de a água ter boa qualidade para o abastecimento público", completou.