"Há estudos que mostram que apenas uma aplicação é suficiente para desenvolver imunidade para a vida", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
A vacina começa a ser ofertada neste mês, mas de forma escalonada. Doze Estados começam em julho, outros 12 em agosto e o restante - entre eles, São Paulo - começa em setembro. A partir de então, todos os postos de saúde de todo o Brasil vão ofertar a vacina de forma rotineira. Com a incorporação, o Brasil passa a ofertar todas as vacinas recomendadas pela Organização da Mundial da Saúde.
A vacina de Hepatite é alvo de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo entre o Ministério da Saúde e o laboratório da Merck Sharp e o Butantã. A expectativa é a de que até 2018 a incorporação de tecnologia pelo instituto brasileiro esteja concluída.
A doença é muito comum. "Os casos identificados são a ponta do iceberg", afirmou Barbosa.
O ministro Chioro atribuiu os dois anos de espera entre a recomendação da vacina e sua efetiva incorporação à consolidação da PDP. "É um investimento que vale a pena. Teremos uma redução significativa de mortes e de número de casos", avaliou o ministro. "Com a mudança do perfil dos pacientes, é preciso estender a vacinação. Isso permitir uma mudança no padrão da doença", completou.
Barbosa observou que, além das negociações sobre a PDP, a incorporação da vacina exigiu um esforço para melhorar a logística. "Tivemos de fazer uma investimento de R$ 50 milhões para rede de frio, responsável pelo armazenamento dos remédios." A Conitec havia recomendado, no início, duas doses.
Este ano, outra vacina será incorporada: a DTP acelular para grávida. A expectativa é de que isso ocorra até o fim do ano. "Seremos o primeiro país da América Latina a usar em gestantes", disse Barbosa..