As taxas de condomínio, alvo recorrente de questionamentos em assembleias esvaziadas, variam de R$ 200, em regiões administrativas com perfil de renda mais baixa, a mais de R$ 3 mil, no caso dos apartamentos de maior metragem. Quase um terço dos condomínios residenciais do DF cobra hoje a temida taxa extra, muitas vezes incorporada ao boleto por tempo indeterminado. Obras nos sistemas elétrico e hidráulico e, sobretudo, para melhorar a aparência dos edifícios ajudam a explicar a necessidade de arrecadar dos proprietários mais do que a quantia ordinária.
Na conta dos síndicos e das administradoras, 60% da receita, em média, se destinam ao pagamento dos funcionários: são quase 30 mil porteiros, zeladores, vigias noturnos e auxiliares de serviços gerais. Outros 25% vão para as tarifas públicas, com peso maior para gastos com consumo de água. Sem dinheiro para individualizar os hidrômetros, a maioria dos condomínios continua rateando a fatura, o que encarece o total. Fecham a lista de compromissos despesas diversas, como compra de materiais de limpeza e manutenção de elevadores.