Funcionários da Universidade de São Paulo (USP), em greve há mais de dois meses, voltaram a montar barracas em frente ao Centro de Práticas Esportivas do câmpus Butantã, zona oeste da capital paulista, na manhã desta segunda-feira, 4. O acampamento havia sido desfeito neste domingo, 3, depois que a Polícia Militar cumpriu pedido de reintegração de posse. No primeiro dia letivo do segundo semestre, algumas unidades da USP também tiveram aulas suspensas.
Ao menos 12 barracas foram erguidas no local, que receberá a Feira de Profissões da USP a partir de quarta-feira, 6. O objetivo dos grevistas é barrar a realização do evento, que teve a participação de 58 mil pessoas em 2013. A reitoria, porém, não cancelou a feira.
Na manhã desta segunda, dezenas de servidores ainda fizeram um ato em frente ao edifício da reitoria, acompanhado por duas viaturas e duas bases comunitárias da PM.
O grupo reivindicava a retomada das negociações salariais com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp). O órgão afirma que só voltará a discutir em setembro o reajuste. O Cruesp justificou o congelamento de salários das categorias, anunciado em maio, com a crise financeira das instituições, que gastam quase toda a receita com a folha de pagamento.
Com faixas e cartazes, os grevistas criticaram os cortes de pontos dos funcionários parados e a presença da polícia no câmpus. A greve de docentes e servidores também é apoiada pelos estudantes.