Os funcionários, em greve há 71 dias por reajuste salarial, intensificaram os protestos nos últimos dias. Já a programação original da feira, segundo a universidade, está mantida mantida. A mostra, que reuniu cerca de 58 mil pessoas no ano passado, é feita para que vestibulandos conheçam os cursos oferecidos na instituição.
Ao menos dez prédios do câmpus estão bloqueados desde a segunda-feira, 4, quando começou o segundo semestre letivo. Além do Centro de Práticas Esportivas, que receberia a feira, há piquetes nos edifícios da reitoria, Prefeitura do Câmpus, Administração Central, Faculdade de Odontologia, os restaurantes central e da Física, o Arquivo Central, o Museu de Arqueologia e Etnologia e a Superintendência de Tecnologia de Informação.
Dezenas de grevistas passaram a noite em barracas montadas em frente ao prédio da reitoria. Segundo eles, o acampamento será desmontado somente se for retomada a negociação salarial. Os funcionários dos edifícios bloqueados trabalham remotamente.
Parte dos professores, que também cruzaram os braços, cancelou as aulas na primeira semana do segundo semestre letivo. Na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), uma das unidades onde houve maior adesão, praticamente todas as classes foram suspensas..