De acordo com o comando do 41º Batalhão (Irajá, na zona norte), os policiais patrulhavam a Avenida Nazaré, no bairro Anchieta, na zona norte, e suspeitaram de ocupantes de um veículo HB20, branco, "pois já haviam recebido informações de que havia ocorrido assaltos realizados por criminosos em veículos com as mesmas características", explica a nota da assessoria de Imprensa da Polícia Militar.
Ainda segundo a versão oficial, o motorista fugiu quando os militares tentavam abordá-lo, então "os policiais dispararam contra os pneus do carro que parou na Avenida Roberto Silveira, em Nilópolis". Haissa, que estava sentada no banco do meio, foi ferida na perseguição. O condutor do veículo, que não teve o nome divulgado, foi encaminhado para a 58ª Delegacia de Polícia (Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada).
Já os amigos de Haissa dizem que os policiais não sinalizaram e atiraram contra o veículo sem saber quem estava no carro. "Não sinalizaram nada, não piscaram farol, não fizeram barulho de nada. Eles simplesmente surgiram e alvejaram a gente. Eles atiraram para matar. Não foi para advertir, para chamar a atenção.
Haissa, que estudava na Unisuam, chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu aos ferimentos. Ela foi enterrada no Cemitério de Nova Iguaçu neste domingo, 3.
O comandante do 41º BPM, tenente-coronel Luiz Carlos Leal Gomes, abriu sindicância para apurar as circunstâncias do caso. Os policiais militares foram afastados das ruas e vão trabalhar administrativamente até que o inquérito seja concluído..