O Grupo Arco-Íris, de defesa dos direitos dos gays, "vestiu" nesta terça-feira a estátua de Tiradentes, que fica em frente à Assembleia Legislativa do Rio, com a bandeira do arco-íris. O ato teve como objetivo pressionar os deputados a colocar em votação o projeto de lei que penaliza funcionários de estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes, que discriminam homossexuais, proibindo sua entrada ou os constrangendo, e também agentes públicos homofóbicos.
O TJ considerou que a legislação deveria ter partido do Executivo, e não do Legislativo. A lei foi de autoria do deputado Carlos Minc, que participou hoje do ato. Ele enfrenta a pressão de deputados religiosos, que trabalham para que o projeto de lei não entre em votação na Alerj. "Tivemos um retrocesso grande. A lei embasava denúncias contra estabelecimentos e agentes públicos homofóbicos. É um contrassenso que tenhamos a possibilidade de realizar a união civil de casais homossexuais no País e que esses casais não tenham os mesmos direitos de qualquer outro casal quando vão aos estabelecimentos", afirmou Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris.