Na carta, a sentenciada revelou temer por sua vida fora do cárcere e que sua vontade não teria sido acatada por seu advogado, que requereu ao juízo a progressão para o regime intermediário. Suzane, então, destituiu seus procuradores dos poderes concedidos.
"A lei prevê a progressão como um direito e não uma obrigação e, se não há o interesse, não há como impor o benefício à sentenciada", declarou a juíza Sueli Zeraik. A magistrada ainda determinou a desconstituição dos advogados de Suzane, que passará a ser representada pela Defensoria Pública.
Suzane foi condenada a 39 anos pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, em 2002. O crime ocorreu na casa da família, em São Paulo, e contou com a participação de Cristian e Daniel Cravinhos (namorado de Suzane), que confessaram o homicídio.
Além do medo, o motivo alegado por ela nos últimos dias seria a vontade de permanecer na P1 feminina em Tremembé, interior de São Paulo, aguardando o término da construção de uma ala de regime semiaberto. O novo espaço poderá abrigar 78 detentas que cumpram pena em regime semiaberto. Suzane também alegou que "pretende continuar o trabalho na oficina da Funap, pois necessita da remição e do salário das atividades".
Com informações do TJSP.