O bebê precisa receber de doadores de órgãos como estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso e, provavelmente, um rim. De acordo com os médicos, a cirurgia é a maior que pode ser feita em um ser humano - e por essa razão poucos hospitais têm estrutura para realizar o transplante múltiplo.
Sofia recebeu alta para continuar o tratamento em casa para prevenir possível infecção em ambiente hospitalar. De acordo com o advogado da família, Miguel Navarro, o serviço de homecare é prestado por uma empresa particular e será custeado pelo governo brasileiro, conforme a decisão do desembargador Márcio Moraes, do Tribunal Regional Federal da 3ª. Região, com sede em São Paulo.
Como o dinheiro ainda não foi depositado, a menina continua no hospital e as diárias estão sendo retiradas do montante reservado para o transplante. Segundo o advogado, o Ministério da Saúde prometeu fazer o depósito até a quinta-feira, dia 28. "Esperamos que tudo seja cumprido conforme o desembargador determinou", disse a mãe da criança, Patrícia Lacerda.
Ela e o marido, Gilson Gonçalves, que viajaram aos Estados Unidos para acompanhar o tratamento, estão preocupados com o risco de faltar dinheiro para o transplante. A família conseguiu arrecadar cerca de R$ 2 milhões em campanhas, mas o dinheiro está sendo usado para custear a estadia dos pais.
Sofia é portadora de Síndrome de Berdon, uma doença rara que impede o funcionamento do aparelho digestivo.
Desde que entrou na fila dos transplantes do sistema de saúde americano, Sofia passou por cirurgias na bexiga e no coração. O Ministério da Saúde informou que o atraso no repasse dos recursos para o homecare deveu-se a falta de informações necessárias no orçamento para o serviço. A campanha nas redes sociais "Ajude a Sofia" já atingiu 1,5 milhão de acessos..