O incêndio, de causa ainda desconhecida, deixou cerca de 500 famílias desabrigadas, segundo a Defesa Civil Municipal. De acordo com Haddad, as famílias teriam duas opções. A primeira é deixar a área afetada pelo incêndio e passar a receber o bolsa-aluguel, no valor de R$ 400, com três meses adiantados. O valor será depositado às famílias cadastradas em, no máximo, dez dias, afirmou o secretário municipal de Habitação, José Floriano.
O auxílio duraria até a entrega das chaves, cuja previsão é de 18 a 24 meses após o início das obras. "(Essa opção) é para quem tem condições de alugar um cômodo, se instalar na casa de um parente ou amigo. E, depois, poder voltar ao mesmo terreno, mas para um apartamento nos moldes do (Conjunto Habitacional do) Jardim Edite", afirmou Haddad.
A segunda alternativa apresentada pela Prefeitura seria permanecer no terreno, contanto que a construção das moradias se dê em área fora de risco e com rotas de fuga.
Um escritório fixo com engenheiros e técnicos da pasta também vai ser montado imediatamente no local, disse o prefeito. Além disso, Haddad se comprometeu a solicitar uma unidade móvel do Poupa Tempo, junto ao governo estadual, para atender as pessoas que perderam documentos no incêndio.
Segundo Floriano, o valor da desapropriação do terreno é de R$ 6 milhões. "Apesar de ser uma região cara, como estava ocupado há muito tempo, existe uma depreciação radical dos valores", afirmou. O custo vai ser adicionado à cota de habitação da Operação Urbana Água Espraiada, que prevê a construção de 8 mil moradias.
A área da Favela do Piolho tem cerca de 7,8 mil metros quadrados e deve ser dividida em quatro lotes iguais. Inicialmente, as obras devem ocupar um dos lotes, enquanto as famílias que optarem por permanecer se abrigariam nos demais. À medida que cada etapa da construção é finalizada, as famílias são transferidas para os apartamentos, explicou o secretário..