Conforme o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem), a greve de 24 horas foi decidida durante assembleia realizada dia 11.
“Não temos armamento digno. Também não dispomos de armamento não-letal e de coletes balísticos para proteção de agentes e presos. Como não há controle, queremos, principalmente, que a segurança nas unidades prisionais de Pedrinhas seja reforçada por policiais militares", alertou o presidente do sindicato, Antonio Benigno Portela.
Parte dos agentes e inspetores que aderiram à paralisação estava reunida diante do complexo, quando, por volta de 9h, começou o tumulto flagrado por jornalistas locais. Presos foram filmados pulando os muros e sendo contidos por policiais.
A assessoria do governo maranhense informou que o número exato de fugitivos só será divulgado após conclusão da recontagem, que será feita assim que a situação estiver controlada. A estimativa é que pelo menos dez detentos tenham conseguido escapar por um túnel aberto a partir do Presídio São Luís I, um dos oito estabelecimentos que compõem o complexo. A direção de Pedrinhas ainda não sabe se algum interno deixou o complexo durante o tumulto da manhã.
Palco de constantes rebeliões, fugas, brigas e assassinatos de presos, Pedrinhas contabiliza, este ano, 16 detentos mortos. Além disso, a fuga dessa madrugada é a segunda em apenas uma semana.
Nessa segunda-feira (15), o diretor do Casa de Detenção, Cláudio Barcelos, foi detido preventivamente, suspeito de facilitar a fuga. Segundo a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), vinculada à Polícia Civil, ao menos dez presos podem ter pago para que o diretor da unidade os deixasse escapar. Entre eles, os assaltantes de bancos Paulo Leandro Maciel da Silva, Rodrigo Bezerra Lima Nunes e José Wilson Pereira. Ainda de acordo com a Seic, o próprio diretor já admitiu o esquema de facilitação de fugas. As autoridades maranhenses investigam a possível participação de outros servidores e funcionários.
Com Agência Brasil.