A Polícia Militar retomou nesta quarta-feira as negociações com os líderes do grupo de 63 presos rebelados na Penitenciária Estadual de Piraquara 2, na região metropolitana de Curitiba (PR). Dois agentes penitenciários ainda são mantidos reféns e não há registro de feridos. A rebelião começou às 7h30 de ontem (16) e as negociações ficaram suspensas durante a noite. Na semana passada a penitenciária passou por uma rebelião que durou cerca de 24 horas.
Os presos rebelados estão no bloco do chamado “seguro”, que reúne os detentos condenados por estupro, com curso superior e policiais que cometeram crimes. De acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus), eles reivindicam a construção de um muro para isolá-los do bloco onde estão integrantes de facções criminosas, pedem melhorias na alimentação e a reposição dos colchões queimados durante a rebelião da semana passada.
A Sejus informa que ontem (16) foi instalado um reforço nas grades que separam os dois blocos e que não será possível fazer a entrega imediata de colchões. Quanto à alimentação, a Sejus diz que as refeições seguem a orientação de nutricionista e o governo deverá autorizar visitas de entidades, sem agendamento prévio, para vistoriar a comida servida na penitenciária.
Na última sexta-feira (12), foi iniciada uma rebelião na penitenciária. O motim terminou após 24 horas de duração com um acordo para a transferência de 43 presos. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados. A unidade tem capacidade para 1.108 presos e atualmente tem 1.035 detentos, de acordo com a Sejus.
Com Agência Brasil