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Estado de Minas

Presos libertam reféns e encerram rebelião no Paraná

Segundo motim em menos de cinco dias não deixou feridos. Presos reivindicam a construção de um muro para isolá-los em bloco


postado em 17/09/2014 16:37 / atualizado em 17/09/2014 17:39

Chegou ao fim mais uma rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. As negociações que se extendiam desde a noite dessa terça-feira acabaram em um acordo entre os policiais e os presos rebelados no complexo. Os detentos libertaram os dois agentes penitenciários que mantinham reféns. Este foi o segundo caso em cinco dias, já que na última sexta-feira outro motim, que durou mais de 24 horas, foi instalado na mesma unidade.

Não houve registro de morte, porém, um preso que pulou de um muro de uma altura de aproximadamente cinco metros precisou ser levado para um hospital por ter sofrido fraturas. O preso, segundo a polícia, alegou ter saltado por se sentir ameaçado pelos líderes da rebelião. O motim começou às 7h30 dessa terça-feira e as negociações ficaram suspensas durante a noite.

Um grupo de cerca 60 presos foi o responsável pela rebelião e, segundo o diretor assistente do Departamento de Execuções Penais do Paraná (Depen-PR), André Luiz Ayres Kendrick, os reféns estão bem e foram encaminhados para cuidados médicos.

O foco da rebelião ocorreu na galeria A, do bloco 3, o mesmo onde estão os presos que lideraram um motim na semana passada. Os presos rebelados estão no bloco chamado “seguro”, que reúne os detentos condenados por estupro, com curso superior e policiais que cometeram crimes. Eles reivindicam a construção de um muro para isolá-los do bloco onde estão integrantes de facções criminosas, pedem melhorias na alimentação e a reposição dos colchões queimados durante a rebelião da semana passada.

O motim da última sexta-feira terminou, após 24 horas de duração, com um acordo para a transferência de 43 presos. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados. A unidade tem capacidade para 1.108 presos e atualmente tem 1.035 detentos, de acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus).

Por causa das recentes rebeliões, o governo do Estado acionou o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para investigar as causas das rebeliões e se há algum agente público envolvido nos motins.
(Com Agência Estado)


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