Chegou ao fim mais uma rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. As negociações que se extendiam desde a noite dessa terça-feira acabaram em um acordo entre os policiais e os presos rebelados no complexo. Os detentos libertaram os dois agentes penitenciários que mantinham reféns. Este foi o segundo caso em cinco dias, já que na última sexta-feira outro motim, que durou mais de 24 horas, foi instalado na mesma unidade.
Um grupo de cerca 60 presos foi o responsável pela rebelião e, segundo o diretor assistente do Departamento de Execuções Penais do Paraná (Depen-PR), André Luiz Ayres Kendrick, os reféns estão bem e foram encaminhados para cuidados médicos.
O foco da rebelião ocorreu na galeria A, do bloco 3, o mesmo onde estão os presos que lideraram um motim na semana passada. Os presos rebelados estão no bloco chamado “seguro”, que reúne os detentos condenados por estupro, com curso superior e policiais que cometeram crimes. Eles reivindicam a construção de um muro para isolá-los do bloco onde estão integrantes de facções criminosas, pedem melhorias na alimentação e a reposição dos colchões queimados durante a rebelião da semana passada.
O motim da última sexta-feira terminou, após 24 horas de duração, com um acordo para a transferência de 43 presos. A Penitenciária Estadual de Piraquara 2 é uma unidade penal de regime fechado e segurança máxima para presos condenados. A unidade tem capacidade para 1.108 presos e atualmente tem 1.035 detentos, de acordo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Sejus).
Por causa das recentes rebeliões, o governo do Estado acionou o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para investigar as causas das rebeliões e se há algum agente público envolvido nos motins.
(Com Agência Estado)