Segundo o acordo estabelecido no TRT, os funcionários deverão repor as horas paradas até o fim do ano letivo, em 12 de dezembro, com o limite de uma hora extra por dia. Outra recomendação feita pelo Tribunal é de que sejam pagos vale-refeição e vale-transporte dos funcionários que faltaram e não foram contemplados com o benefício. A reposição das horas não trabalhadas era o principal impasse para o fim da greve.
Ainda na tarde desta quarta-feira, o acordo ficou travado após uma reunião dos lideres sindicais com representantes da reitoria, que durou mais de três horas e terminou sem sucesso. Segundo os grevistas, o principal ponto de divergência é a reposição dos dias parados durante a greve. "Querem nos punir, assim como no corte de ponto", criticou Magno de Carvalho, presidente do Sintusp.
Outros pontos que dificultaram as discusões foi o pedido dos servidores técnico-administrativos pelo reajuste do vale-alimentação, a desvinculação do Hospital Universitário (HU) e o Plano de Demissão Voluntária, que vinham sendo criticadas por alunos e funcionários da universidade. A USP disse, de acordo com eles, que a atualização do benefício deveria ser discutida junto com as outras universidades estaduais, em respeito à regra da isonomia.
A greve da USP já dura 114 dias e começou após a reitoria anunciar o congelamento dos salários, motivado pela crise financeira pela qual a instituição está passando.
(Com Agência Estado).