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Estado de Minas

Altas temperaturas e incêndios levam animais a ocuparem centros urbanos

O caso mais recente é o de uma sucuri de quase 5m encontrada em uma fazenda a 20km de Luziânia, em Goiás


postado em 18/09/2014 09:13

No último domingo, o Corpo de Bombeiros de Luziânia (GO) foi surpreendido por uma sucuri de 5m de comprimento e 30cm de diâmetro(foto: Corpo de Bombeiros/GO)
No último domingo, o Corpo de Bombeiros de Luziânia (GO) foi surpreendido por uma sucuri de 5m de comprimento e 30cm de diâmetro (foto: Corpo de Bombeiros/GO)


As altas temperaturas e as queimadas podem levar para casa visitantes inesperados. Nesta época, as cobras e serpentes tendem a sair das áreas de cerrado e, não raro, encontram refresco e abrigo em terrenos residenciais nas imediações. O caso mais recente é o de uma sucuri de quase 5m encontrada em uma fazenda a 20km de Luziânia. O animal foi descoberto, no domingo passado, porque estava devorando as criações de galinhas e porcos da propriedade. A serpente foi resgatada por uma equipe do Corpo de Bombeiros e deve ser devolvida ao mato em breve. No entanto, há situações em que a captura por moradores resulta em agressões que prejudicam o retorno do bicho à natureza.

A sucuri é a espécie mais extensa em todo o território brasileiro e pode chegar a medir 10m de comprimento e 30cm de diâmetro. Embora muito comum no cerrado, ela pode ser encontrada em toda a América do Sul. A preferência dela é por áreas próximas a cursos d’água. Em Luziânia, o tamanho da cobra foi o que surpreendeu os militares que a resgataram. “Foi a primeira vez que pegamos uma cobra desse porte”, comentou o sargento Naves, há 13 anos no Corpo de Bombeiros do município. A serpente foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres, onde será examinada e, então, devolvida ao hábitat.

Além da sucuri, as jiboias, as cascaveis, as cobras-corais — verdadeiras e falsas —, as cipós e as jararacas são as mais comuns no Distrito Federal. Somente neste ano, o Zoológico de Brasília recebeu 16 cascaveis e 25 jiboias, de acordo com estimativa de Alberto Farias, responsável pelo serpentário da unidade. “Os bichos que chegam aqui vêm a pedido do Ibama. Nós não fazemos mais a captura deles. Nosso papel é o de atender à educação ambiental, à pesquisa e à conservação das espécies”, detalha.

É comum que o Zoo abrigue animais que sofreram agressões sérias e, por isso, não têm condições de retornar à vida silvestre, segundo Farias. “Então, nossa tarefa é mantê-lo em condições as mais próximas possíveis do ambiente natural”, conta. No local, há 19 tipos de répteis, que recebem também atendimento clínico, quando necessário. Para evitar danos aos bichos, o especialista recomenda o acionamento de equipes da Polícia Ambiental ou do Ibama para recolhê-los.

O que fazer
Veja abaixo quais medidas adotar caso uma cobra entre em casa

* Ligar para a Polícia Militar

* Desviar o percurso ou evitar estar no mesmo ambiente que a cobra

* Se necessário imobilizá-la com a utilização de instrumento em formato de gancho ou forquilha;

* Não bater ou matar o animal


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