A população de pardos, que também vinha crescendo, estabilizou-se, em 2013, na mesma proporção de 2012 (45%). Pelo menos 90,6 milhões de brasileiros se declararam desta cor. Segundo a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira, o crescimento da população parda é natural, uma vez que casamentos interraciais são cada vez mais comuns e, com isso, aumenta a miscigenação da população.
Maria Lucia não sabe dizer, no entanto, se o motivo do crescimento da população preta no Brasil é um aumento dos nascimentos de crianças dessa cor ou se as pessoas estão se identificando mais como pretas, já que a pesquisa do IBGE é baseada em declarações.
“A classificação parda ou preta pode estar associada à questão de autoafirmação e até mesmo das cotas. Os dados da pesquisa não têm nada a ver com as cotas, mas a pessoa passa a se enxergar ou passa a ter consciência da raça dela e passa a se declarar de forma diferente”, disse a pesquisadora.
A população que se declara como branca oscilou de 46,3%, em 2012, para 46,1%, em 2013. Em 2004, essa proporção chegou a ser de 51,2%.
As populações indígenas ou amarelas representam apenas 0,8% dos brasileiros, ou seja, 1,7 milhão de pessoas.
Segundo a Pnad 2013, entre as regiões, a que tem maior proporção de população preta é o Nordeste (9,7%), seguida pelo Sudeste (8,9%) e pelo Norte (7,4%). O Centro-Oeste tem 6,8% e o Sul, 4,2%.
A maior proporção de brancos está no Sul (77,1%), seguida pelo Sudeste (53,9%). Nas outras regiões, as proporções são: Centro-Oeste (40,4%), Nordeste (27,3%) e Norte (22,6%). Já a região mais miscigenada (população parda) é o Norte (68,1%) e a que tem menos pardos é a Sul (18%).
Com Agência Brasil.