Nesta segunda, o Cantareira está com 8% da capacidade, segundo a companhia, o menor patamar da história do manancial, concluído no início da década de 1980. Se a incorporação dessa segunda cota do volume morto ocorresse hoje, o índice subiria para 18,7%. Há cerca de três meses, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que não usaria mais água do volume morto, que tem cerca de 480 bilhões de litros.
Segundo a Sabesp, a obra para retirada da água profunda dos reservatórios já está pronta e a reserva "somente será utilizada se houver necessidade". O pedido para usar mais 106 bilhões de litros do volume morto da Represa Jacareí, em Joanópolis, foi feito em agosto, mas ainda não foi autorizado pelos órgãos gestores do sistema, a Agencia Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE).
Quando incorporou a primeira cota do volume morto do Cantareira, de 182,5 bilhões de litros, no dia 15 de maio, o manancial estava com 8,2% da capacidade. A partir do acréscimo da reserva profunda, a Sabesp informou que o nível do sistema havia subido para 26,7% da capacidade. Ao custo inicial de R$ 80 milhões, o bombeamento dessa reserva começou, na prática, no dia 31 de maio.
Agora, a previsão, segundo especialistas, é de que essa primeira reserva acabe na primeira quinzena de novembro. Segundo a Sabesp, a segunda cota, somada às transferências de água de outros sistemas para regiões atendidas pelo Cantareira e a economia de água pela população, garante o abastecimento, "no mínimo, até março de 2015", mesmo "na remota hipótese de não chover uma gota na próxima estação chuvosa", que começa em outubro..