As mortes reforçam "a urgência do debate sobre o tema no país", afirmou a ONG, que defende que o aborto não seja visto como uma questão criminal, e sim de saúde pública e de direitos humanos. "O aborto inseguro é a quinta causa de morte materna no Brasil, de acordo com o DataSUS. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, cerca de 1 milhão de abortos ocorrem por ano no país, ou seja, mesmo sendo proibido, as mulheres não deixam de recorrer ao procedimento, e se expõem a este tipo de situação que vimos acontecer com Jandira e Elizângela. Este é um tema que não pode mais ficar fora da agenda pública nacional", aponta Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
A organização integra a campanha internacional "Meu corpo, meus direitos", que apela aos governos mundo afora pelo respeito aos direitos sexuais e reprodutivos, e para que eles sejam encarados como "direitos humanos universais, indivisíveis e inegáveis"..