A chuva que tem caído na Grande São Paulo desde o início da tarde desta sexta-feira, está mais intensa do que a registrada nas represas do Sistema Cantareira, segundo monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da capital paulista. Em grave crise de estiagem, o principal manancial paulista opera hoje com apenas 7,2% da capacidade, graças ao uso do volume morto das represas.
Segundo o CGE, a chuva é de fraca intensidade na região de Bragança Paulista e Piracaia, a cerca de 100 quilômetros da capital, onde ficam os dois maiores reservatórios do Cantareira, as Represas Jaguari-Jacareí. O cenário também se repete na cidade de Mairiporã, na entrada da Grande São Paulo, onde fica a Represa Paiva Castro, a menor do sistema. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que monitora e opera os reservatórios, o balanço da chuva no manancial só será concluído na manhã de sábado.
Na Grande São Paulo, de acordo com o CGE, a chuva teve início por volta das 12h30, e tem sido mais intensa na região onde ficam as represas do Sistema Alto Tietê, que também atravessa situação crítica e está com 11,9% da capacidade. Segundo o monitoramento, já choveu 63 milímetros na região da Represa Ponte Nova, em Salesópolis, e 60 milímetros na Represa Jundiaí, em Mogi das Cruzes. Houve forte precipitação também em Mauá, no ABC paulista, com 40 milímetros de chuva nesta tarde.
De acordo com o CGE, as chuvas devem continuar nos próximos dias tanto na Grande São Paulo quanto no interior. Dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam previsão de chuva de fraca a moderada intensidade na região do Cantareira todos os dias até 2 de outubro. A Sabesp acredita que essa sequência possa até elevar o nível das represas do manancial.