(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Sequestrador que mantém refém foi candidato a vereador em Tocantins

Agentes do Departamento de Atividades Especiais da Polícia Civil negociam a liberação do mensageiro feito refém desde o começo da manhã desta segunda-feira


postado em 29/09/2014 14:01 / atualizado em 29/09/2014 15:04

O homem invadiu o hotel e colocou algemas e um colete, supostamente, feito de explosivos(foto: EVARISTO SA / AFP )
O homem invadiu o hotel e colocou algemas e um colete, supostamente, feito de explosivos (foto: EVARISTO SA / AFP )

O homem que invadiu um quarto do Hotel St. Peter com ameaças terroristas, na região Central de Brasília, foi identificado pela Polícia Civil. O suspeito é Jac Souza dos Santos, 30 anos. Em 2008 e 2012, foi candidato do PP a vereador, é agricultor e foi Secretário Municipal de Agricultura e Juventude de Combinado (TO). De acordo com o delegado que comanda a operação, Marcelo Fernandes, existe a possibilidade de ter grande quantidade de explosivos no local. “Não conseguimos confirmar porque não temos contato visual com ele. Pelo que conseguimos observar, ele está sóbrio, mas divaga nas ideias”, afirma.

No momento da invasão, nesta manhã de segunda-feira (29/9), havia 300 pessoas no hotel. De acordo com o cozinheiro-chefe, que não quis dizer o nome, o homem teria feito check-in em dois quartos no 10º andar, por volta das 5h desta segunda-feira. Três horas depois, ele teria invadido o primeiro cômodo. Toda a área próxima ao hotel está interditada. O homem bateu nas portas dos quartos e pediu aos hóspedes que deixassem o hotel, pois era uma ameaça terrorista.

O mensageiro do hotel foi feito de refém e está vestido com um colete carregado supostamente com dinamites. O nome da vítima, que é funcionário do hotel, é Ailton. O nome de Ailton foi confirmado por Clodoaldo Andrade, que é secretário-geral do PTN e ex-gerente do hotel, que tem entre eus sócios o presidente da sigla, José de Abreu. A todo o momento, o suspeito de terrorismo aparece na varanda de um quarto no 13º andar com a arma apontada para o refém. Segundo informações, nas negociações com a polícia, não pede dinheiro, fala mais em questões políticas.

A Polícia Civil confirmou que as reivindicações do sequestrador incluem a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a aplicação efetiva da Lei da Ficha Limpa.

O hotel onde o caso ocorre foi palco de uma polêmica, pois seria o local do emprego que garantiria o regime semiaberto ao ex- ministro José Dirceu, condenado no mensalão. Apesar de o PT ser uma sigla que majoritariamente foi contra a extradição de Battisti e o hotel ter sido palco desse episódio com Dirceu, as autoridades não confirmam qualquer ligação entre a revolta do criminoso com o PT.



Varredura na região

A Polícia Militar faz uma varredura na Rodoviária do Plano Piloto para verificar a possibilidade de ter explosivos no local. Depois do anúncio de um ataquue terrorista na manhã desta segunda-feira (29/9), no Hotel St. Peter, a corporação acionou o esquadrão anti-bombas, que está no terminal.

Durante a manhã, os 50 policiais que fazem a segurança do local já tinham sido avisados da suspeita e revistavam bolsas e banheiros para certificar de que não havia riscos para os passageiros. Até o momento, nenhum objeto suspeito foi encontrado e os policiais continuam o trabalho.

Já no início da tarde, o clima ainda era de tensão no local. O suspeito jogou dois objetos da janela, o que provocou correria. Depois dos atos, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) aumentou o perímetro de isolamento. Eles isolaram também o prédio dos Correios, em frente ao hotel. A polícia estima que, se a bomba no colete do refém for verdadeira, pode destruir pelo menos três andares, incluindo o 13º, onde o possível terrorista e a vítima estão.

(Com informações da Agência Estado)


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)