Jornal Estado de Minas

Sequestrador deixou três cartas de despedida para a família, no Tocantins

Os policiais enviados a Tocantins teriam encontrado uma carta na casa do sequestrador, outra com a mãe dele e uma terceira com um tio

Correio Braziliense
A Polícia Civil informou que o sequestrador que mantinha um refém e ameaçava explodir um colete com explosivos no 13º andar do Hotel Saint Peter, em Brasília, deixou três cartas de despedida onde morava, no Tocantins.

Os policiais enviados a Tocantins teriam encontrado uma carta na casa do seuqestrador, outras com a mãe dele e uma terceira com um tio.
As cartas foram escritas há três dias e, no texto, ele pede desculpa à mae e aos tios e diz que vai cometer um ato trágico, mas depois tudo vai melhorar.

De acordo com o chefe da Divisão de Comunicação da Polícia Civil do DF, delegado Paulo Henrique Almeida, no texto, o sequestrador pede desculpa a sua mãe e a outros parentes, diz que seu ato é de "desespero" e que após "a tempestade vem a bonança".

O prazo dado para as autoridades atenderem suas reivindicações, que incluem a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti e a efetiva aplicação da Lei da Ficha Limpa, termina às 18h, segundo os policiais.

Apesar das reivindicações demonstrarem revolta do bandido com posições do PT, como a oposição à extradição de Battisti, a Polícia diz que a escolha do hotel foi aleatória. O bandido mantém seu refém no 13º andar do hotel, mesmo número eleitoral do PT. No ano passado, o hotel foi centro de uma polêmica durante julgamento do mensalão, pois ofereceu emprego ao ex-ministro José Dirceu, condenado no processo.

Ex-secretário municipal de Agricultura e candidato a vereador derrotado em 2008, para se afastar das responsabilidades no comitê municipal de um candidato ao governo do estado o agricultor Jac Souza dos Santos, de 30 anos, alegou ao coordenador municipal da campanha, Maurílio Martins de Araújo, que viria a Brasília resolver um problema familiar e que estaria de volta ainda hoje.

Ainda não se sabe exatamente quando Santos chegou a Brasília. O que se sabe é que, por volta das 8h30 desta segunda-feira, ele se hospedou no Hotel Saint Peter e começou a executar o que, ao que tudo indica, já tinha em mente quando deixou Combinado. O agricultor subiu ao 13º andar do hotel, bateu na porta dos apartamentos mandando que as pessoas deixassem o prédio, alegando que se tratava de uma ação terrorista. A essa altura, Santos tinha feito um funcionário refém.

O sequetrador libertou o refém por volta das 16h e se entregou à polícia e foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia Civil. O refém,foi encaminhado a um hospital em estado de choque.

(Com Agências).