O sequestrador que invadiu o hotel St. Peter e ameaçou explodir o prédio, voltou a reforçar o desejo de %u201Clutar pela nação%u201D. Ele concede uma entrevista a jornalistas, na manhã desta terça-feira (30/9), na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Jac Souza dos Santos, 30 anos, conta como executou o plano que mobilizou 100 policiais civis, 26 bombeiros e 50 policiais militares.
Jac afirma ter chegado ao hotel por volta das 5h, mas o check-in só poderia ser realizado às 7h. Existia uma diferença de R$ 150 para pagar no ato da entrada, mas o homem informou ao atendente que um amigo entregaria a quantia. Em seguida, solicitou a presença de uma camareira. "Quando ela chegou, mostrei a arma e ela ficou muito nervosa. Vi que não conseguiria colocar meu plano em prática. Então, chamei outra pessoa. Chegou esse senhor (José Ailton) e eu o rendi", afirmou em depoimento.
Na conversa, que já dura 40 minutos, ele divaga sobre temas políticos e volta a falar sobre o pedido de extradição do italiano Cesare Battisti. Pede ainda justiça em casos pontuais como o de uma criança estuprada e morta em Tocantins, onde morava e foi candidato a vereador em duas eleições.
Durante a ação no hotel St. Peter, na manhã dessa segunda-feira (29/9), Jac usou as bandeiras políticas como motivo para o sequestro do mensageiro José Ailton de Sousa e para as ameaças de explodir o prédio, que tinha 300 hóspedes no momento da invasão. Ao longo de 7 horas, a vítima foi mantida sob a mira de um revólver e obrigada a vestir um colete com supostas dinamites. Depois de ampla negociação com as forças policiais, Jac se entregou. Os investigadores descobriram que as bananas de dinamite e a arma eram falsas.
Um vídeo, divulgado pela Polícia Civil, mostra o momento em que o refém se rendeu. Veja: