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Agência Nacional de Águas eleva tom contra gestão do CantareiraReserva do Cantareira pode acabar em 57 dias, diz secretário paulistaSabesp diz que Cantareira vai subir 10,7 pontos com 2ª reservaNível do Cantareira cai para 8% e atinge nova mínimaMesmo assim, o nível do manancial caiu 18,8% no mês, de 15,4% da capacidade no dia 1.º para 12,5% nesta terça-feira, 30. Com 521 bilhões de litros de volume máximo, o Alto Tietê abastece hoje cerca de 4 milhões de pessoas, sendo 1 milhão que recebiam água do Cantareira antes da crise de estiagem.
Já no Rio Claro, a pluviometria acumulada em setembro foi de 196,1 milímetros, ante a média histórica de 147 milímetros. Apesar das chuvas, o nível do sistema, que tem capacidade de 13 bilhões de litros, caiu de 74,2% no início do mês para 61,8% ontem, queda de 16,71%.
Assim como o Alto Tietê, o Rio Claro também tem sido usado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para socorrer regiões atendidas pelo Cantareira. Enquanto a empresa reduziu em cerca de 10 mil litros por segundo o volume de água retirado do principal sistema, o Alto Tietê e o Rio Claro tiveram a capacidade de produção de água ampliada na crise.
"Imagine uma caixa d’água onde você despeja um copo cheio por dia e retira três para beber. Não tem como o nível das represas subir com esse déficit", afirma Ideval Souza Costa, geólogo da USP.
Segundo a Sabesp, "é incorreto avaliar a recuperação dos mananciais apenas considerando a pluviometria". "É preciso que as chuvas sejam contínuas, a terra está seca e no início absorve toda a água", afirma. "Setembro é só início das chuvas e uma transição entre o período seco e o chuvoso", completa.