Na véspera, ele tomou como refém um funcionário do hotel e obrigou a vítima a vestir um colete com falsos explosivos. Santos também apareceu em uma varanda do 13.º andar mostrando uma pistola. Depois de ser preso, verificou-se que a arma e o explosivo não eram verdadeiros.
Na terça, ele justificou a ação. "Tudo o que eu fiz foi pelo cidadão brasileiro. Tudo o que eu faço é pelo cidadão brasileiro. Tenho de agradecer muito a Deus que tocasse no coração daqueles fuzileiros que não me dessem aquela bala ontem. Deus predestinou que eu iria lutar e irei lutar. Eu não abaixarei a cabeça", afirmou.
De acordo com Santos, a ação vinha sendo planejada desde dezembro de 2012. Ele disse ter escolhido o hotel porque o estabelecimento fez uma proposta de emprego para o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão.
Crime
"Subi para o quarto às 7 horas e liguei na recepção para chamar a camareira. Fechei a porta, saquei a arma de cetim (falsa). Vi que ela não estava preparada, ficou muito nervosa. Ela poderia morrer, e eu jamais quis matar uma pessoa. Posteriormente, liguei para a recepção e pedi para subir o rapaz. Foi o mesmo que me atendeu cedo. Ele passou a noite trabalhando, vi que ele estava cansado, não ia fazer isso com ele", contou.