O ator e diretor Hugo Carvana morreu aos 77 anos na manhã deste sábado, no Rio de Janeiro. Carvana estava internado há pouco mais de uma semana. De acordo com informações do hospital, ele teve complicações causadas por um câncer no pulmão. Hugo Carvana também sofria com o mal de Parkinson, doença diagnosticada há quatro anos. O horário e local do enterro ainda não foram divulgados por sua família.
O ator Antonio Pedro, amigo de Hugo Carvana, disse que ele teve um câncer num dos pulmões há 17 anos, e, recentemente, a doença voltou. "Na casa dele, antes de ele ser internado, a gente via futebol juntos. Ele teve câncer há 17 anos e, quando veio a notícia do câncer no pulmão que sobrou, a gente sabia que era grave. Mas tinha esperança. Pra mim, é uma falta imensa. Ele tinha um roteiro ótimo, ótimas ideias. A gente se conheceu nos anos 1950 e ficou amigo nos anos 1960, no período das passeatas. Hugo é uma parte da minha vida. Estávamos sempre nos divertindo, fazendo bobagens. Trabalhar com ele era muito bom. Era um grande cineasta e isso vai se verificar agora", afirmou, no Hospital Pró-Cardíaco, onde Carvana morreu nesta manhã.
Carvana trabalhou em mais de 100 filmes, desde a época em que começou participando de algumas produções como figurante, por volta do ano de 1955, nas chanchadas da Atlântida. No inicio da década de 1960, veio o primeiro papel de destaque, em Esse Rio que eu amo, atuando ao lado de Agildo Ribeiro e Tônia Carrero. Depois, o artista esteve presente em sucessos como Vai Trabalhar Vagabundo, Bar Esperança e em O Homem Nu - como diretor.
Em 1962, fez parte do movimento do Cinema Novo. Além disso, atuou também no Teatro de Arena de São Paulo, no Teatro Nacional de Comédia e no Grupo Opinião.
Dentre as novelas em que atuou, destacam-se Roda de fogo (1986), O dono do mundo (1991), De corpo e alma (1992) e Celebridade (2003). Ele também ficou conhecido pelo seriado Plantão de polícia (1979-1981).
Em 1991, o ator esteve em Brasília com o longa metragem Vai trabalhar vagabundo 2 - A volta, tendo sido agraciado com o troféu Candango de melhor ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Seus últimos trabalhos no cinema foram as comédias Não se preocupe, nada vai dar certo, no qual atuoue dirigiu Gregório Duvivier, Flavia Alessandra e Tarcísio Meira e Giovanni Improtta, ao lado do ator José Wilker, também morto este ano. (Com Agência Estado)