O velório do ator e cineasta Hugo Carvana, que morreu neste sábado, de complicações decorrentes de um câncer no pulmão, acontecerá neste domingo, a partir das 9h, no Parque Lage, na zona sul do Rio. A cremação do corpo está marcada a manhã desta segunda-feira, em cerimônia reservada à família e aos amigos, no Memorial do Carmo, no Caju, zona norte.
As informações foram prestadas por dois dos quatro filhos de Carvana, Júlio e Maria Clara, ambos produtores de cinema. Eles disseram que, há seis meses, Carvana recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão direito, o mesmo onde havia tratado um tumor maligno em 1996. "Ele lutou muito, tinha muita esperança que ia sobreviver. Na semana passada, o quadro piorou. Ele teve um tumor no mesmo pulmão em 1996. A gente comemorou muito quando completou cinco anos sem que o tumor voltasse", disse Maria Clara, conhecida como Cacala.
Júlio lembrou que Carvana está sendo homenageado no Festival de Cinema do Rio. "A homenagem foi uma bênção, nós recuperamos o negativo do primeiro filme dele, de 1974 (Vai trabalhar vagabundo). Carvana estava muito feliz com o restauro e com a homenagem. Ele estava lúcido, viu o filme recuperado. Neste domingo, 5, será exibido no Cine Guadalupe e quem quiser ver, prestará uma grande homenagem a ele", disse Júlio, que agradeceu as manifestações de pesar de amigos e admiradores.
"Meu pai era alegria, levou a vida com muito humor, gostava de viver, da boemia, prezava os amigos e o cinema. Ele sempre tinha um filme para fazer e, mesmo aqui (no hospital), quando acontecia alguma coisa engraçada, ele dizia isso dá um filme. Me lembro desde criança de estar com ele no bar e nos sets de filmagem", lembrou Cacala.
Segundo os filhos, nos últimos seis meses, Carvana vinha trabalhando em casa e tinha um projeto de um novo longa metragem e um plano para televisão.