Há exatamente um ano, o volume do Cantareira era de 40,1%. Os reservatórios do Sistema Alto Tietê também apresentaram queda de 0,2 ponto porcentual entre ontem (05) e hoje, atingindo a marca de 11,7%. Nesta segunda-feira, a Sabesp deve entregar o plano de contingência do Sistema Cantareira para a Agência Nacional de Águas (ANA). Nele, espera-se que o governo defina limites de captação para cada cenário de chuvas. Ou seja, que coloque no papel qual o limite para decretar um racionamento.
Uma reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que regiões da capital paulista que antes sofriam com as enchentes enfrentam agora a falta de água. É o caso, por exemplo, do bairro Jardim Romano. Há cerca de um mês, eles fazem estoque em garrafas, panelas e baldes para conviver com a falta d’água noturna. Há cinco anos, a região, porém, ganhou destaque ao enfrentar um alagamento que durou mais de dois meses e atingiu 2 mil famílias.
Se depender das condições climáticas, a crise hídrica não será solucionada no curto prazo, embora exista a previsão de volta à normalidade de chuvas. “O consenso nas discussões climáticas é que as chuvas devem voltar a ocorrer regularmente ainda este mês”, disse a meteorologista Helena Turon Balbino, do 7º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Ela, no entanto, informou que até a próxima sexta-feira deve predominar o tempo mais seco sobre as regiões onde ficam as nascentes que alimentam o Sistema Cantareira: sul de Minas Gerais, norte do estado de São Paulo e Vale do Paraíba. Segundo a meteorologista, o vento soprado do oceano em choque com o aumento da temperatura pode até provocar alguns períodos de instabilidade na próxima quarta-feira (8), porém, de fraca intensidade.
(Com Agências)