O último crime aconteceu na madrugada de ontem, em Guaramirim, cidade vizinha a Joinville. Por volta das 3 horas, um caminhão carregado de madeira, que estava estacionado na frente da casa de seu dono, foi parcialmente incendiado. Ninguém se feriu.
A PM admitiu que os ataques ainda devem continuar por mais alguns dias, mas com frequência menor. "Permanece alguns dias, como nos anos anteriores. Agora precisamos de cautela, porque pode ser atentado ou vandalismo", disse a tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, chefe de Comunicação.
Segundo a Polícia Federal, nesta terceira onda de violência, foram registrados mais de cem ataques no Estado - 90 atentados e 16 apreensões de materiais suspeitos. Três pessoas morreram - dois suspeitos em confronto e um ex-agente penitenciário, assassinado em Criciúma. Até ontem, havia 44 presos e 12 menores de idade apreendidos. Os crimes foram registrados em 31 cidades de todas as regiões.
A principal modalidade de atentado é o incêndio a ônibus. No Estado, foram queimados 39 veículos. Os bandidos também cometeram 23 atentados a tiros contra casas de agentes de segurança.
Na Grande Florianópolis, o fim de semana foi tranquilo. Ontem, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público anunciou que os ônibus voltaram a circular normalmente. Na terça-feira passada, quando um coletivo foi incendiado em Florianópolis, a entidade restringiu o horário de circulação para as 18h30 e exigiu a escolta da PM nas últimas linhas.
Reforço
Além do auxílio da Força Nacional, foram anunciadas outras operações para conter o crime organizado. Um helicóptero e um scanner que facilitarão a fiscalização foram emprestados ao Estado e os agentes da Força, em parceria com a Polícia Rodoviária, vão atuar nas rodovias para tentar sufocar o tráfico de armas e drogas.
No sábado, 33 soldados chegaram ao Estado. A primeira missão foi a transferência de 20 presos catarinenses para o Presídio Federal de Porto Velho. Eles são apontados como as lideranças que emitiram a ordem para os ataques nas ruas.