Ministro da Justiça diz que ataques revelam enfraquecimento de organizações criminosas
Em reunião com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, Eduardo Cardozo disse que queixas relativas aos presídios praticamente acabaram
"As organizações criminosas, quando começam a ser asfixiadas, não têm espaço de crescimento. Quando são atingidas financeiramente, encontram variantes de crimes e tentam reagir a essa ação eficiente da segurança pública. Não podemos perder de vista essa perspectiva quando se trata de organização criminosa%u201D, destacou o ministro, que recebeu nesta tarde o governador catarinense, Raimundo Colombo.
De acordo com Colombo, dos 18 mil presos em Santa Catarina, mais de 8 mil estão trabalhando e mais de mil, estudando. A mudança de postura em relação aos presos veio em 2012, depois de uma onda de ataques no estado. %u201CEssas pessoas deixaram de ser massa de manobra do crime%u201D, disse o governador.
Para o ministro da Justiça, não há necessidade de mexer na estratégia de defesa adotada no estado. A Força Nacional começou a atuar no estado na manhã desta terça-feira, auxiliando as polícias Federal e Rodoviária Federal na fiscalização de barreiras em busca de armas e drogas. %u201CSe for necessário mandar mais homens, mais efetivo, o governo federal está solidário com o povo de Santa Catarina%u201D, acrescentou o ministro.
Uma das ações do governo para garantir a segurança no estado é a instalação de barreiras marítimas, terrestres e aéreas para evitar a circulação de drogas e armas. %u201CNão vamos baixar a guarda, nem achamos que está tudo bem%u201D, disse Cardozo.
Desde o dia 26 de setembro, foram registrados 94 ataques a ônibus, viaturas policiais, prédios públicos e casas de agentes de segurança em Santa Catarina. As forças de segurança do estado promoveram 17 ações preventivas %u2013 com apreensão de armas e materiais usados para atear fogo a coletivos %u2013 e prenderam 44 suspeitos e apreenderam 13 menores.
Além disso, na manhã do último sábado (4), véspera das eleições, 20 presos foram transferidos para presídios federais.