Apesar das condições do paciente, ele deverá ser transferido de avião na manhã desta sexta-feira para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde será feita a análise para confirmar se o paciente é ou não portador da doença.
Também na tarde dessa quinta-feira, a Secretaria de Saúde do Paraná descartou uma suspeita de ebola na cidade de Apucarana, no Norte do estado. Apesar da decisão, o paciente, que voltou de Moçambique, na África, continuará sendo observado.
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Americano com suspeita de ebola é liberadoSaúde de enfermeira com Ebola piora e mundo pede ações para evitar nova AidsEspanhóis criticam o governo na internet após ebolaEUA envia 100 soldados para conter ebola na LibériaONU pede que ajuda ao ebola aumente 20 vezesUE se organiza para detectar Ebola antes da chegada do vírus ao continenteO mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.
Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre através do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. A incubação - período entre o contágio e a manifestação dos primeiros sintomas - pode variar entre 2 a 21 dias. Não há remédio específico para o ebola.
Em agosto, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do Governo Federal acionou o nível dois de emergência, o penúltimo na escala de gravidade, que permite o deslocamento de equipes federais para regiões com suspeita da doença no País sem a necessidade de autorização dos governos locais.
Desde que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência, o Brasil adotou um conjunto de medidas para prevenir a transmissão e permitir a rápida identificação de um caso suspeito da doença, com isolamento e tratamento.
O grupo Executivo Interministerial para Emergências em Saúde Pública foi convocado, videoconferências semanais com todos os Estados são realizadas, simulações foram feitas em hospitais de referência e em aeroportos. De acordo com o plano traçado, casos suspeitos devem ser encaminhados para hospitais de referência. Esses hospitais, no entanto, fazem apenas a primeira triagem. Casos confirmados, de acordo com a estratégia, devem ser enviados para dois hospitais: Instituto Nacional de Infectologia no Rio e Hospital Emílio Ribas, onde os pacientes ficam internados. O teste de diagnóstico para comprovação da infecção é feito no Instituto Evandro Chagas.
Com agências