Jornal Estado de Minas

Resultado negativo ao Ebola traz alívio em Cascavel, no Paraná

Agência Estado
Cascavel, 11 - Um sentimento de alívio tomou conta nesta manhã da população e das autoridades de saúde em Cascavel ao saberem que o primeiro resultado ao Ebola deu negativo no exame realizado no africano Souleymane Bah, 47, que chegou recentemente ao Brasil oriundo da Guiné, na África. O caso está sendo tratado como primeiro suspeito da doença no Brasil.
"O resultado negativo do exame dá mais tranquilidade para os profissionais de saúde e também para a população que andava apreensiva com relação ao Ebola no município. Agora é esperar a divulgação do segundo exame", afirmou o chefe da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak.

O exame laboratorial foi feito no Instituto Evandro Chagas, no Pará, que pertence à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Neste domingo (12), será colhida a segunda amostra de sangue, que também será enviada para análise laboratorial no Instituto Evandro Chagas. De acordo com ele, toda a estrutura sanitária montada na cidade para acompanhar as pessoas que tiveram contato com o africano na UPA, onde foi internado na quinta-feira (09), permanece.

"Mesmo com o resultado negativo, os procedimentos permanecem iguais até que o segundo resultado do exame seja divulgado", afirmou Bailak. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 68 pessoas tiveram contatos com Bah na UPA, sendo 30 funcionários; 24 pacientes que estavam na recepção e 14 acompanhantes. Equipes de saúde do município e do estado foram deslocadas para verificar diariamente a temperatura dessas pessoas duas vezes ao dia.

A orientação das autoridades de saúde é para que elas fiquem em casa. "No entanto, a possibilidade de contágio é considerada muito baixa, pois o Ebola não é transmissível pelo ar, e sim pelo contato com o sangue, fluídos corporais do paciente ou então por objetos infectados", explicou a médica infectologista da 10ª Regional de Saúde, Lilimar Mori.

Mesmo que o resultado seja negativo na segunda amostra, Bailak disse que o protocolo aplicado nesse caso foi correto. "Não se trata de nenhum teste. Foi uma situação de risco que exigiu uma resposta rápida e eficaz dos órgãos governamentais", frisou o chefe da 10ª Regional de Saúde, que reúne 24 municípios da região de Cascavel.