O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou nesta segunda-feira que o resultado do 2º exame de Ebola em paciente da Guiné deu negativo. O ministro deu coletiva nesta tarde, ao lado do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Segundo o ministro, o risco de uma epidemia no Brasil continua sendo considerado baixo e, caso haja novas suspeitas, o Brasil está preparado para lidar com a situação. "Entedemos que se trata de uma enfermidade com risco pequeno entre nós", afirmou.
O ministro não soube afirmar quando o paciente terá alta e que a decisão é exclusiva da equipe médica responsável pelo tratamento. Segundo ele, estão descartadas as possibilidades de ebola e malária. De acordo com Chioro, as pessoas que tiveram contato com o africano e que estavam sendo monitoradas serão liberadas. "Não há razão para manter qualquer tipo de monitoramento dos contactantes", disse.
Suspeita
O caso do paciente com suspeita de infecção por ebola foi notificado em Cascavel (PR) na última quinta-feira (9). Souleymane Bah, de 47 anos, veio da Guiné para o Brasil, passando pelo Marrocos.
O guineano está no Brasil como refugiado e teve febre no vigésimo dia de sua chegada ao país. Mesmo que o período limite de incubação do Ebola seja de 21 dias - o que descartaria a doença - o paciente foi isolado e considerado um caso suspeito, considerando seu país de origem.
Foram identificadas 64 pessoas que tiveram contato com o paciente, mas ao menos três tiveram contato direto com ele, especialmente o pessoal médico que o atendeu. Até agora, todos os contatos são considerados de baixo risco.
Tratamento
O homem deu entrada na tarde de quinta-feira da semana passada, em uma unidade de pronto atendimento da cidade paranaense de Cascavel (a 498 km de Curitiba), após afirmar ter um quadro febril. Este foi o único sintoma que ele apresentou. Ele foi levado na sexta-feira em um avião da Força Aérea Brasileira, do Paraná, onde foi isolado, para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, seguindo os protocolos de segurança.
A Guiné é um dos três países da África Ocidental, ao lado da Libéria e de Serra Leoa, mais afetados pela epidemia de Ebola, que já matou mais 4.000 pessoas, segundo a OMS.
Os sintomas da doença são febre, diarreia, vômitos, além de fortes dores musculares e nas articulações. A febre hemorrágica é transmitida por contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada ou ao se tocar no corpo de uma vítima.
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