A informação foi divulgada pelo superintendente da Polícia Civil de Goiás, Deusny Aparecido Filho, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (16). Preso em caráter temporário, o vigilante foi apresentado à imprensa em meio a um clima de tensão e comoção. No momento em que o suspeito foi apresentado, parentes das vítimas que tiveram acesso ao local e que acompanhavam a coletiva passaram a gritar, exigindo justiça e xingando o suspeito, que foi rapidamente retirado do local.
Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, o suspeito era monitorado há mais de um mês. Em depoimento, ele chegou a mencionar ter cometido 39 homicídios, mas, até o momento, a Polícia Civil diz só ter indícios para suspeitar da participação do vigilante em 24 mortes, das quais de 16 mulheres e oito moradores de rua.
O superintendente da Polícia Civil evitou classificar o vigilante como um assassino em série, mas destacou que o rapaz confessou que não matava só mulheres, mas também moradores de rua. O fato torna ainda mais difícil compreender suas motivações.
“Quem vai dizer se trata ou não de um serial killer são os psiquiatras , mas vale lembrar que ele também matava homens, moradores de rua”, disse Filho, destacando que, em alguns casos, o vigilante também levava dinheiro e pertences pessoais das vítimas. Há a hipótese, sob investigação, de que o rapaz tenha matado também homossexuais e travestis.
A Polícia Civil informou ter apreendido, na casa do rapaz, na capital, um revólver, uma moto e recortes de jornais com notícias sobre os assassinatos de moradores de rua. Os investigadores chegaram ao vigilante a partir de imagens registradas por várias câmeras de segurança.