“Infelizmente, de tudo o que ouvi, saí perplexo. Pensei que talvez a polícia, um caso ou outro, estaria imputando a ele (crime não cometido), mas ele narrou com riqueza de detalhe e peculiaridade todas as mortes”, disse o advogado Thiago Vidal. Nos últimos dias, o defensor havia dito que o cliente confessara os homicídios sob pressão da polícia, logo depois da prisão dele na noite de terça-feira, 14. Vidal pediu que o vigilante fosse ouvido mais uma vez pelos policiais, desta vez em sua presença.
Na noite de ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, o vigilante pediu desculpas à mãe dele e às famílias das vítimas. Ele cita arrependimento e pede para ser tratado desse “sentimento de raiva”. À tarde, a Polícia Civil divulgou um vídeo com parte do depoimento do vigilante em que ele admite o assassinato da dona de casa Lilia Sissi Mesquita e Silva, 27 anos, em 3 de fevereiro.
Avaliação psiquiátrica
O suspeito passará hoje por uma avaliação psiquiátrica e fará o exame de sanidade mental. “Ele é psicótico, doente mental, matou de forma aleatória. Quem mata 39 pessoas é normal?”, questionou o delegado. Ao ser perguntado da razão dos assassinatos, Tiago teria dito a polícia que fazia isso “para passar a raiva”. “Ele tinha raiva contra todas as pessoas. Matar para ele era um vício”, disse Pedrosa.
A lista dos crimes
Veja quais delitos Thiago Henrique Gomes da Rocha confessou:
- 14 assassinatos de mulheres — crimes que estavam sendo investigados pela força-tarefa.
- 1 assassinato de um homem também investigado pela
força-tarefa.
- 2 assassinatos de mulheres que não estavam entre as mortes investigadas.
- 8 assassinatos de
moradores de rua.
- 14 assassinatos de pessoas diferentes, entre homens e mulheres, de forma aleatória..